segunda-feira, 23 de maio de 2011

DVD - 53 (1) "25 ABRIL EM NOVELAS".

NOVELAS FESTEJOU ABRIL COM ABRIL!




Novelas mais uma vez, festejou Abril com Abril. É que os triunfadores do 25 de Novembro para os lados de Belém, falaram em Abril da situação actual como não tivessem culpas no cartório. Não foram estes senhores, que destruíram a Reforma Agrária, as nossas pescas, agricultura e a indústria metalomecânica e criaram um exército de desempregados neste país, e agora vêem-nos dizer que é preciso produzir mais.



Por isso, e apesar do tempo convidar mais a uma passeata, ou uma ida à romaria da Senhora da Saúde na vizinha freguesia de Bustelo, decidi ir ver e participar no 25 de Abril no salão da Junta de Freguesia de Novelas.




Pelas violas nas mãos de Carlos Andrade, João Teixeira e José Silva ouviu-se sons de Abril adoçadas com um rol de canções de Luís Cília, Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire, José Afonso, e até “Pra Não Dizer Que Não Falei de Flores” do Brasileiro Geraldo Vandré, que a malta presente ia trauteando o melhor que sabia e podia numa união de vozes com os cantores em palco.




Pelo meio tivemos um recital de poesia pela voz de Maria de Lourdes, que terminou com o poema As Portas Que Abril Abriu de autoria de Ary dos Santos. No final, com todo o público de pé, entoou-se esse hino da fraternidade que serviu de senha do Golpe Militar do 25 de Abril, que é a canção Grândola Vila Morena de José Afonso.






Mais uma vez, os ventos de Abril assolaram Novelas, e sempre que Abril lá passar, lá estarei sempre presente para o ajudar.




Para terminar, não podia de deixar de endereçar os meus parabéns a todos que tornaram possível este evento de Abril com Abril, na freguesia de Novelas.

Penafiel Terra Nossa.
Fernando Oliveira.








Penafiel, 23 de Maio de 2011




DVD - 53 (2) "25 DE ABRIL NOVELAS".


Comemorações do 25 Abril na:
Junta de Freguesia de Novelas.





Programa:
10:00h – Bike Tour (1h30, 10 Km) – Concentração A.R.N.
15:30h – Cantigas de Abril com: Carlos Andrade, José Silva e João Teixeira.

Organização:
Junta de Freguesia de Novelas.

Colaboração:
Grupo de Teatro de Novelas.
Associação Recreativa Novelense.
Associação para o Desenvolvimento da Freguesia de Novelas.





37 ANOS DEPOIS...

A Junta de Freguesia de Novelas, unida com o povo, todas as forças vivas e Organizações, Associação Recreativa Novelense, o Grupo de Teatro de Novelas, e a Associação Para o Desenvolvimento da Freguesia de Novelas, vai na segunda-feira 25 de Abril, às 15.30h no salão polivalente da Junta de Freguesia Comemorar o 25 de Abril, e deixar um marco na história.




Comemorar o 25 de Abril, para que não se voltem a repetir, os dias do medo do escuro, do “papão”, da polícia política e de uma ditadura que culminou numa revolução.



Um espectáculo com cantigas de Abril, interpretadas por Carlos Andrade, João Teixeira e José Silva, farão passar a mensagens aos mais jovens, aos filhos da madrugada de Abril, de uma parte importante da nossa história em que o povo se libertou dos grilhões com que o fascismo os acorrentava.


"Vire-se de página", disse o gajo!

A Junta de Freguesia de Novelas, unida com a população, todas as forças vivas e Organizações, Associação Recreativa Novelense, o Grupo de Teatro de Novelas, e a Associação Para o Desenvolvimento da Freguesia de Novelas, levou a efeito na segunda-feira 25 de Abril de 2011, pelas 15.30h no salão polivalente da Junta de Freguesia um espectáculo inserido nas comemorações do 25 Abril.



Os artistas convidados como habitual, foram muito bem recebidos pelo Presidente da Junta, a representar as entidades envolvidas e população, que entendeu deixar desta forma e mais uma vez, esta data assinalável na história da freguesia.



Para o efeito foi proporcionado um excelente espectáculo que cativou a audiência com cantigas interpretadas por Carlos Andrade, João Teixeira e José Silva, que muito bem souberam passar a mensagem de Abril. A intercalar, a poetisa Maria de Lourdes recordou e explanou entre outros poemas, José Carlos Ary dos Santos. “Era uma vez um país”... “foi então que Abril abriu as portas da claridade”...







Maravilha esta gente, que não deixou mais fechar as portas que Abril abriu com a empatia entre quem assistia ao espectáculo, os cantadores, poetas e a organização que tornaram como já vem sendo hábito, uma boa aposta organizativa.




O ambiente de cumplicidade e convidativo a que se pudesse realmente ver um trabalho musical e poético que não deixasse ficar mal esta data Primaveril, fez com que este dia tão importante da nossa história, transportasse nas palavras e canções a mensagem, de que se não voltassem a repetir os anos do medo do escuro, do “papão” e da polícia política, em que o povo se libertou dos grilhões com que o fascismo os acorrentava e de uma ditadura que culminou numa revolução.




Mas os ditos capitães de Abril da terra, mesmo assim têm vindo a surpreender a freguesia ao longo destes últimos anos, fazendo como se a História de Portugal não existisse e resolveram comemorar esta data a descansar de um dia-a-dia extenuante, de manifestações de rua, não rendidas a propostas rascas de um «virar de página».



É verdade como foi dito, que 37 anos depois do final da ditadura, muito continua por se fazer, até porque a revolução cultural continua ainda por se concretizar, isto porque continuamos, com os brandos costumes, com a tacanhez que o salazarismo semeou em nós, e que continua por aí, a cada esquina, escondido em cada resquício de pequenez, de conservadorismo bacoco, do medo de arriscar e fazer.



As más-línguas, os comentários de café, à boca fechada, em surdina, no conforto da mesa e à distância do televisor, mais não são do que uma má herança desse tempo, em que não nos era dada a hipótese de agir.



Mas sempre foi assim: Se fazem chama-lhes de utópicos, revolucionários, no entanto quem o diz são sempre aqueles que nada fizeram ou nada fazem!




É necessário evoluir mentalidades saber, que em primeiro lugar o 25 de Abril será sempre o sorriso de um povo, que uma revolução é apenas um início que estará sempre longe do fim, e que a palavra é de ouro, num país em que fomos obrigados a comprar demasiado silêncio…





É tempo de repararmos os erros…
Não, viro de página, até porque pessoalmente eu gostei!
Viva o 25 de Abril.



Encerramento!
 

Novelas, 28 de Abril de 2011