segunda-feira, 19 de setembro de 2011

VERDADEIRA HISTÓRIA.

ESTÁ NO MOMENTO DE SE PENSAR EM FAZER MAIS!

Fez este ano no mês de Maio de 2011 cinco anos que Novelas inovou, e pela primeira vez realizou um filme baseado numa verdadeira história que sucedeu a uma longa-metragem intitulado “Um acidente no rio Sousa”  e um ano mais tarde “Raia Picota vidas cruzadas”.


Foram textos, um guião, orientação e a colaboração de Luísa Cruz, a carolice de mais de meia centena de jovens e seniores actores, as objectivas apontadas aos cenários naturais da freguesia e claro o momento, a ideia e a vontade de se querer inovar e mostrar o que não tinham até ao momento visto e que levou os jovens a conseguirem fazer pasmo, aos Novelenses e ao concelho de Penafiel.
O sorriso da produtora do guião, descreve uma história de aventura magnífica e o início do filme mostra um pouco das características o talento dos jovens e crianças misturado com as traquinices.
As instituições em Novelas e até de Penafiel começaram a ficar alarmadas muito cedo e agiram fortemente, no filme ficou claro a forte presença recebida pelos garotos, mas com respeito deixaram claro terem direito às mesmas oportunidades.
 
É notável no restaurante “Adega Novelense” no jantar, como as crianças repudiaram e contestaram quando cantaram a refutar essa prática e sugeriram trata-los com rigidez.

Numa conversa tinha dito e encaixava-se nesse trabalho A vida é o filme que vemos através dos seus próprios olhos, e faz-lhe pouca diferença o que está a acontecero que realmente conta é como percebes que a terra gira, e sem te aperceberes o solo que pisas parece manter-se instável.
Foi assim que o tempo passou connosco e nas vidas das pessoas que retratei. Vivemos sempre tranquilos, dado que se pretendia com este trabalho a socialização, por isso começamos muito cedo a agir, participamos com opiniões de ajuda no guião contadas em roda como uma forma de transmissão de conhecimento.

Por vezes a rigidez no comportamento dos outros foi extremamente centrada pelo realizador, e “…quando os textos já estavam prontos e o final parecia não acontecer, encerrava-se o trabalho com um fim dramático de forma a finaliza-lo, sem correr risco de criar lesões e ao mesmo tempo sensibilizar o público.
- “…tudo parecia correr normalmente, mas não formava razão a existência de uma história sem algo que a fizesse encaminhar, uma lenda e um mito, era mais do que necessário”.
Com muito carinho, que a professora Maria Irene Pinto se prontificou de imediato a registar esse momento – Autora da Lenda e do Mito, e era o essencial para se poder concluir o trabalho.
Foi humano, racional e nós por sua vez demonstramos também o que nos foi transmitido na infância e que simbolizava muitos daqueles que se queriam divertir, no entanto com determinação abraçamos a vida, não tiramos qualquer proveito e se ganhamos ou perdemos, foi porque fizemos o que no concelho ainda não tinham feito.

Tivemos ousadia tal como retratamos no filme.
Mesmo sem revelar detalhes, foi possível ressaltar aqui um mesmo fato executado de três maneiras diferentes:
·        Sem conhecimento e por mero acaso.
·        Praticado na emoção de um gesto social e uma atitude extrema da falta de meios das entidades locais.
·        Com uma dedicação e um empenho muito grande.
Para mim que pouco conhecia sobre a história de Novelas e dos Novelenses, como já o disse fiquei muito entusiasmada e a conhecer melhor.
Penso que está no momento de se fazer mais!
Novelas 18 de Setembro de 2011

Luísa Cruz




quinta-feira, 15 de setembro de 2011

INDIGNADOS!

 MANIFESTAÇÃO!

Foi hoje dia 15 de Outubro 2011, o dia escolhido para que milhares de pessoas se associassem na Praça da Batalha e na Avenida dos Aliados, ao movimento mundial dos "Indignados".
Foram vistos colegas e amigos, que gritavam palavras de ordem e de descontentamento contra a banca, a troika e o Governo.
Algumas frases marcantes criaram embaraço e não me foi possível avistar uma solução que realmente retratasse com eficácia o descontentamento, mesmo sem me conformar realmente com as dificuldades económicas com que os jovens se estão a deparar.
"Não pagamos"; "FMI fora daqui"; e "O povo unido jamais será vencido"; foram algumas das frases mais ouvidas na manifestação, acompanhada de muitos cartazes, bandeiras, tambores e um esqueleto gigante articulado.
Entre os vários discursos, de desempregados, trabalhadores precários, funcionários públicos e membros de vários movimentos, como pai responsável e com dois filhos que se encontram numa fase económica difícil pela falta de colocação ou um emprego, agravam as dificuldades familiares que já por si se tornam penosas.
O Jovens de Novelas, ouviram apelos à revolta contra os responsáveis pela crise financeira que o Mundo atravessa; "Quem deve pagar as dívidas são aqueles que as criaram"  e criaram foi um monstro.
Não era de estranhar, mostraram-se interessados saber o porquê da manifestação, porque só temos governos sem governo e não deputados em vez de deputados à séria.



Em conversas misturados com gestos de revolta, diziam que os deputados do Reino Unido, na "Mãe dos Parlamentos", não tinham escritórios; nem secretários; nem automóveis; pagavam por todas as suas despesas normalmente como todo e qualquer trabalhador, e só aqui mesmo é que não encontrávamos verdadeiramente governantes que servissem O POVO, e não PARASITAS do mesmo!
 As dificuldades com o acesso ao primeiro emprego, contracenavam com os funcionários não deputados que trabalham na Assembleia e que tinham um subsídio equivalente a 80 % do seu vencimento?
Frases como "Tenho 20 anos e estou sem futuro"; "Fuga de cérebros. Serei mais um?"; "Não pago"; "Reage"; Democracia não é medo": "E se trabalhássemos só para nós?", "Taxar as grandes fortunas"; "Greve geral nacional".

Em entrevista ao expresso “Conceição Meireles reconheceu que assistiu à manifestação "mais por curiosidade", mas realçou que também está "indignada" e "bastante preocupada", com o futuro incerto da filha pequena e com a sociedade em geral.
"Penso que tem de haver uma mudança de mentalidades e de paradigma e acho que temos todos de meter a mão na consciência e tentar dar o nosso melhor. Temos de ser honestos", defendeu”.
“Ambrósio Lopes Vaz disse que decidiu participar na manifestação por sentir que "o fascismo está de volta" a Portugal, através de "um governo que retira regalias que o povo tanto sofreu, tanto lutou para as ter no tempo da ditadura, nomeadamente o horário de trabalho".
"Está a vir agora um governo bem pior do que Salazar, que está a roubar-nos o nosso pão e a atacar todas as classes profissionais", frisou”.
É possível trabalhar, estudar e ainda assim, utilizar os poucos meios democráticos de que dispomos como diz Cláudia Afonso.
Uma coisa não impede a outra! As manifestações são inadiáveis numa altura em que o autismo dos governantes, nos está a levar à ruína!


Novelas 16 de Outubro de 2011
Jovens na Ocupação de Tempos Livres