ESTÁ NO MOMENTO DE SE PENSAR EM FAZER MAIS!
Fez este ano no mês de Maio de 2011 cinco anos que Novelas inovou, e pela primeira vez realizou um filme baseado numa verdadeira história que sucedeu a uma longa-metragem intitulado “Um acidente no rio Sousa” e um ano mais tarde “Raia Picota vidas cruzadas”.
Foram textos, um guião, orientação e a colaboração de Luísa Cruz, a carolice de mais de meia centena de jovens e seniores actores, as objectivas apontadas aos cenários naturais da freguesia e claro o momento, a ideia e a vontade de se querer inovar e mostrar o que não tinham até ao momento visto e que levou os jovens a conseguirem fazer pasmo, aos Novelenses e ao concelho de Penafiel.
O sorriso da produtora do guião, descreve uma história de aventura magnífica e o início do filme mostra um pouco das características o talento dos jovens e crianças misturado com as traquinices.
As instituições em Novelas e até de Penafiel começaram a ficar alarmadas muito cedo e agiram fortemente, no filme ficou claro a forte presença recebida pelos garotos, mas com respeito deixaram claro terem direito às mesmas oportunidades.
É notável no restaurante “Adega Novelense” no jantar, como as crianças repudiaram e contestaram quando cantaram a refutar essa prática e sugeriram trata-los com rigidez.
Numa conversa tinha dito e encaixava-se nesse trabalho “A vida é o filme que vemos através dos seus próprios olhos, e faz-lhe pouca diferença o que está a acontecer” o que realmente conta é como percebes que a terra gira, e sem te aperceberes o solo que pisas parece manter-se instável.
Foi assim que o tempo passou connosco e nas vidas das pessoas que retratei. Vivemos sempre tranquilos, dado que se pretendia com este trabalho a socialização, por isso começamos muito cedo a agir, participamos com opiniões de ajuda no guião contadas em roda como uma forma de transmissão de conhecimento.
Por vezes a rigidez no comportamento dos outros foi extremamente centrada pelo realizador, e “…quando os textos já estavam prontos e o final parecia não acontecer, encerrava-se o trabalho com um fim dramático de forma a finaliza-lo, sem correr risco de criar lesões e ao mesmo tempo sensibilizar o público.
- “…tudo parecia correr normalmente, mas não formava razão a existência de uma história sem algo que a fizesse encaminhar, uma lenda e um mito, era mais do que necessário”.
Com muito carinho, que a professora Maria Irene Pinto se prontificou de imediato a registar esse momento – Autora da Lenda e do Mito, e era o essencial para se poder concluir o trabalho.
Foi humano, racional e nós por sua vez demonstramos também o que nos foi transmitido na infância e que simbolizava muitos daqueles que se queriam divertir, no entanto com determinação abraçamos a vida, não tiramos qualquer proveito e se ganhamos ou perdemos, foi porque fizemos o que no concelho ainda não tinham feito.
Tivemos ousadia tal como retratamos no filme.
Mesmo sem revelar detalhes, foi possível ressaltar aqui um mesmo fato executado de três maneiras diferentes:
· Sem conhecimento e por mero acaso.
· Praticado na emoção de um gesto social e uma atitude extrema da falta de meios das entidades locais.
Para mim que pouco conhecia sobre a história de Novelas e dos Novelenses, como já o disse fiquei muito entusiasmada e a conhecer melhor.
Penso que está no momento de se fazer mais!
Novelas 18 de Setembro de 2011
Luísa Cruz